Luis Paulo da Moita Lopes (UFRJ)



Professor Titular do Programa Interdisciplinar de Lingüística Aplicada da UFRJ e Pesquisador do CNPq. É PhD em Lingüística Aplicada pela Universidade Londres. Foi presidente da Associação de Lingüística Aplicada do Brasil, atuou como representante da área de Letras e Lingüística no Conselho de Assessores do CNPq e é, atualmente, conselheiro da Associação de Pós-Graduação em Letras e Lingüística (ANPOLL). Já publicou seis livros no Brasil (Oficina de Lingüística Aplicada, Identidades Fragmentadas, Discursos de Identidades, Identidades - Recortes Multi- e Interdisciplinares, Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar e Performances) e artigos em revistas científicas e capítulos de livros no Brasil, México, Estados Unidos, Holanda e Inglaterra. Atua na área de lingüística aplicada, especificamente no campo das relações entre o discurso e as práticas sociais, com ênfase em estudos sobre letramentos escolares (língua estrangeira e materna) e não-escolares (midiáticos) e os processos de construção das identidades sociais (gênero, sexualidade e raça).

Resumo da apresentação:
Letramentos midiáticos: ganhos éticos e políticos da desestabilização identitária na escola

Luiz Paulo da Moita Lopes (UFRJ)


A ubiqüidade dos letramentos midiáticos no nosso dia a dia é icontestável. Em um mundo hipersemiotizado no qual nada se faz sem discurso, somos inundados por sentidos que nos chegam, a todo momento, das telas das TVs, dos computadores, dos celulares, dos jornais, das revistas etc., e que nos convocam a refletir sobre quem somos ou sobre quem podemos ser. Ao ilustrar: a) como os jovens vêm dialogando com tais discursos, notadamente, por meio do letramento televisivo e do computacional; e b) como tal diálogo enseja processos de desestabilização identitária, argumenta-se sobre os ganhos éticos e políticos da exploração de tal desestabilização no letramento escolar. Uma das questões que a escola precisa enfrentar é como dialogar com um mundo social no qual os scripts identitários claros, essencializados e homogeneizados que tradicionalmente orientaram a educação estão sendo questionados e redescritos como performances no aqui e agora: um agenda crucial para os nossos tempos.